quinta-feira, 15 de março de 2012

Santa Casa

Hoje fiquei intrigada boa parte do dia pensando: por que será que as pessoas comuns que nem são cristãs conseguem fazer tantas coisas melhor que nós que buscamos  nos esmeramos tanto  na perfeição?
Queremos ser atenciosos, amorosos, dedicados, bons líderes, professores, orientadores, amigos, verdadeiros... mas muitas vezes nos frustamos com nós mesmos e com nossos irmãos. Por quê?

Acho que uma das respostas está aqui: somos doentes! E que bom que reconhecemos isso e procuramos tratamento! Essa talvez seja nossa única vantagem sobre os demais...

Santa Casa

 

Carreata do dia da Bíblia,  em frente ao hospital de Alterosa(20/12/2006)


Santa Casa de Misericórdia de Alterosa
Certa vez, uma cidade foi acometida por uma doença muito grave, era uma epidemia a que deram o nome de pecado e seus sintomas eram muitos. O hospital daquela localidade ficou lotado e para poder atender a todos os doentes, em caráter de emergência, formou uma equipe médica às pressas não só com profissionais de saúde, mas com leigos também, para que o maior número de pessoas pudesse receber atendimento. O nome desse hospital era Santa Casa. Muitos doentes dirigiram-se até lá e foram tratados com todos os recursos disponíveis. O pronto socorro ficou responsável por receber os casos mais urgentes e estava sempre lotado, algumas vezes, filas enormes eram formadas e tornava-se muito difícil diagnosticar todos os casos e encaminhá-los para os outros departamentos.

Um desses outros departamentos era o de tratamento com Orações, para onde um bom grupo fora direcionado. Ali todos os dias, os profissionais de saúde e vários pacientes uniam-se para as atividades em grupo ou mesmo individuais. Muitas vezes a cura era imediata, mas em muitas outras situações havia um tempo para que se obtivesse efeito, o que exigia muita paciência.

Lema da IPI de alterosa para 2012
Outros doentes eram encaminhados para setor de Aconselhamento e ali participavam das terapias nas quais falavam, expondo seus sintomas e ouviam indicações e instruções para tratamento. Era um tratamento lento e desgastante, porém com alto índice de cura.

Outros foram levados para as Reuniões de Estudo Bíblico e lá entravam em contato com os mais profundos estudos da Medicina, disponíveis. Alguns desses pacientes evoluíam tanto no tratamento que passavam a ser enfermeiros autodidatas e passavam a atender a outros pacientes em estados mais graves.

Havia também a Musicoterapia, na qual alegres louvores estimulavam e animavam os corações das pessoas e estimulavam-nas a combater a doença e seus sintomas. Tinha efeito mais rápido nos mais jovens, mas todos se beneficiavam com esse tratamento, já que tinha efeitos surpreendentes, pois unia dois remédios muito eficazes para a mente humana: a arte e a adoração.

Todavia, nem tudo funcionava bem, os profissionais responsáveis pelo trabalho em cada setor do hospital também estavam contaminados pela terrível moléstia. Este problema comprometia seu desempenho, mas cada um tinha de conseguir forças para lidar com seus sintomas e ainda socorrer os outros doentes. Isso exigia muito domínio próprio, paciência, persistência e dedicação, uma vez que quando um membro da equipe tinha uma recaída, os demais pacientes ficavam desacreditados no tratamento.

Assim, durante várias eras a Santa Casa atendeu e socorreu doentes. Chegou até a ousar, atendendo fora de suas paredes. Isso, porque todos ali internados, inclusive os enfermeiros eram tratados pessoalmente pelo Médico dos médicos, o único no país que era imune à doença. Ele era um médico atencioso e amoroso, não fazia acepção de pessoa, não olhava para o exterior, mas para dentro de cada um. Então, muitos encontravam forças para continuar lutando contra a doença em busca da vida, uma vida eterna. Pois, nEle encontraram socorro bem presente na hora da angústia.

Entretanto, numa cidade próxima o seu hospital começou a ter problemas. Havia dias que o número de internados era muito alto e os técnicos de saúde eram poucos, não dava tempo de atender a todos, então alguns acabavam se curando sozinhos, ou recorrendo a tratamentos alternativos, muito longe do hospital. Já outros, permaneciam doentes até a morte.

Em outras situações, acontecia de o remédio ser dado parcialmente, então os doentes tinham apenas os sintomas melhorados, nunca eram curados totalmente. Havia também alguns enfermeiros que faziam seu trabalho com displicência, deixando os pacientes sem a atenção devida e crença no tratamento. Sem falar nos enfermeiros que estavam em estado mais grave que os próprios pacientes...

Alvo dos jovens da IPI de Alterosa
Outro agravante que contribuía para a expansão da epidemia, era a recusa dos pacientes em receber tratamento ou, por estes, seguirem apenas o diagnóstico parcialmente. Tal comportamento fortalecia o vírus. Havia ainda épocas em que o hospital dedicava-se muito a um tipo de terapia e deixava outras a desejar, então aqueles pacientes que respondiam melhor àqueles tratamentos acabavam ficando esquecidos em seus leitos.

Acontecia, também, de certos doentes interferirem no tratamento do outro com palavras e práticas inadequadas, que induziam os pacientes a um pseudo-tratamento ou até mesmo a abandonar o hospital.
 
Sem falar dos enfermeiros sobrecarregados de trabalho ao ponto de não terem tempo de cuidarem de si próprios, esse problema aliado à alta exposição à doença dos outros  baixava seus anticorpos e tornava-lhes propensos a cair enfermos.

Mas, o mais surpreendente nessas duas realidades era que em ambos hospitais, o Diretor e Médico responsável era o mesmo, trabalhava da mesma forma e com as mesmas técnicas , dando igual atenção, tanto a pacientes, quanto à equipe médica, entretanto cada um deles respondia de forma diversa, devido, unicamente, ao comportamento das pessoas que estavam neles.

3ª Marcha para Jesus em Alterosa
No primeiro, as pessoas confiavam, ajudavam, estimulavam, obedeciam, negavam a si mesmos pelos outros e pensavam em conjunto. No segundo, havia pessoas que buscavam seus próprios interesses e que se cediam muitos direitos. Não existiam terapias de grupo eficazes, pois cada um só pensava em si mesmo. Ao invés de convocar a presença do Médico dos médicos diariamente, eles preferiam tomar seus remédios de acordo com seu próprio conhecimento e vontade.

Desta forma, a Santa Casa ajudou muitos a vencerem a epidemia de pecado que assolou o mundo, todavia o outro hospital acabou contribuindo para a propagação da doença e morte de muitos pacientes. Essa é a realidade da nossa época, resta a questão: em qual hospital você está internado ou trabalhando?

 Fabiana de Oliveira Ribeiro

4 comentários:

  1. Meus irmãos esse trabalho é mt. importante...continue fazendo o melhor. eu participei do primeira carreata em Alterosa...foi mt. legal fizemos na praça sem mta. estrutura mas foi legal...eu o meu boneco Charles e a banda da igreja...vou continuar orando por vcs. Vamos ganhar Alterosa prá Jesus!

    Rev. José Arno Tossini -IPI Eulina Campinas -SP

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  2. Obrigada pela visita, Pastor querido, estamos com saudades de vcs!

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  3. Bela ilustração, Fabiana! Que alcance muitos leitores... que os faça pensar... e se render ao único tratamento eficaz: JESUS.
    Linda semana pra vc!
    Abraço

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  4. Amém, por fazermos parte do mesmo hospital!
    Deus abençoe vc!

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